E, indo um pouco mais para diante, prostrou-se sobre
o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se é possível, passe de mim este
cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres.E, indo segunda
vez, orou, dizendo: Pai meu, se este cálice não pode passar de mim sem eu o
beber, faça-se a tua vontade.(Mateus 26.39,42)
Por Frankcimarks
Oliveira
Uma
Análise das várias etapas do sofrimento de Cristo
I- Um momento de prazer
antes do Cálice
a - Comunhão com seus discípulos
na última ceia (Mateus 26.20)
b-Adoração através de
louvores: Entoação de um hino (Mateus
26.30)
II-As etapas do Martírio:
1-O Primeiro gole :
Grande angústia acompanhada de indiferença por parte dos discípulos (Mateus
26.36-38,40)
2-O Segundo gole: A
traição de Judas (Mateus 26.47-50).
3-O Terceiro gole:
Condenação Religiosa com agressão física e humilhação em público (Mateus
26.67-68),
4-O Quarto gole: A
negação de Pedro (Mateus 26.69-75)
5-O Quinto gole:
Condenação Política e popular. Cristo sente a dor da rejeição de seu povo, a
indiferença das autoridades políticas
(Mateus 27.15-26)
6- O Sexto gole: O Escárnio dos
soldados romanos. As forças militares agrediram física e emocionalmente a
Cristo expondo-o a vexação e ao constrangimento diante de todos (Mateus
27.27-31)
7- O Sétimo gole: A
crucificação. (Mateus 27.35,38)
Entender
o Cálice de Cristo faz-me compreender que seu sofrimento foi bem maior que
nossa mente possa captar. Achamos que sua dor foi ali na cruz, porém os
evangelistas mostram que seu cálice
começou a ser degustado ali no monte das Oliveiras. Sua alma estava num stress
incalculável, Jesus chegou a suar gotas de sangue enquanto orava ao Pai.
Cristo
partilhara seus sentimentos com seus amigos, sempre dizia que viera para dar
sua vida em resgate de muitos, mas nesta última ceia vemos um clima mais tenso,
de tristeza, de muita angústia. Primeiro da parte de Cristo que já contemplava
seu cálice de Dor, depois da parte dos discípulos, que temiam o que estava por
vir Ainda assim percebemos que Jesus alegrou-se por estar com seus amigos, pois
até cantou um hino de louvor.
No
entanto, percebemos que os discípulos não vislumbravam perfeitamente o que
estava acontecendo, se contemplavam ,não queriam aceitar a realidade, pois
dormiam enquanto Raboni sofria de solidão.
Alguns
psicólogos dizem que o ato de dormir era resultado do medo que eles sentiam de
perder o meigo Nazareno, era uma forma de anestésico, o único modo de não
vivenciar a verdade nua e crua.
Quantos
hoje não usam deste artifício para fugir de suas realidades? Porém O Senhor ensina-nos encarar os fatos, com coragem de um
guerreiro. Ele não fugiu dos soldados, pelo contrário, quando interrogado
disse: Sou eu a quem vocês procuram!
Precisamos
aprender muito com o Mestre da Galiléia! Mesmo tendo o poder de invocar legiões
de miríades celestes não o fez, foi forte! Jesus sentiu uma dor em sua alma,
uma tristeza negra e profunda ao ponto de ser chamada até a morte. Ninguém
estava ali para consolá-lo.
. Jesus jantou, cantou, aproveitou os últimos
instantes de sua vida fazendo o que lhe dava prazer: Estar com seus amigos! Creio que o Mestre queria deixar uma boa lembrança
na mente de seus discípulos, queria que se lembrassem do quanto ele valorizava
esses momentos em volta da mesa, bem junto deles.
Infelizmente
nos momentos mais difíceis de nossas vidas, nem mesmo aqueles que estão em
nossa volta podem ajudar-nos. Somos apenas nós e Deus....É o momento em que a
azeitona exprimirá seu azeite. Não é a toa que o Senhor estava naquele horto
chamado monte das oliveiras ou lugar do
lagar, lugar onde se imprensa a azeitona. Jesus foi exprimido na moinha da
vida, com grande ímpeto, sua carne foi dilacerada para que depois de feito
tudo ele pudesse derramar seu azeite, ou
seja, seu Espírito Santo.
Foi
na oração que Cristo encontrou um conforto naquele momento tão difícil de sua
vida terrena. Orou por três vezes, , incansavelmente. Não bastava sua emoção
estar abalada ao contemplar aquele cálice em sua mente, creio que enquanto
orava, enxergava a via dolorosa em seus pensamentos.
Para
abalar um pouco mais seu sentimento, um amigo seu o trairia com um gesto
cotidiano em seu relacionamento: Um beijo. Digo isso sem medo de errar. Judas
traiu Jesus da pior forma possível, pois usou a própria intimidade que tinha
com o Mestre Jesus. Era um costume daquele povo cumprimentar-se com ósculo santo, lavar os pés
dos visitantes e etc. .. Quando recebeu o beijo, Cristo chamou Judas de amigo..
.isso explica sua dor. Ser
entregue por um inimigo não dói, porém ser traído por um amigo dói muito.
Muitos falam de Judas como se ele sempre fosse
um vilão. Entenda uma coisa, Judas ao ver Cristo sentiu um revolução em sua alma, pois ali estava o
desejado de todas as nações em sua frente, o cumprimento das profecias de seu
povo, a chance de libertação do jugo romano, e foi por não ver o reino político
do Messias na terra vigorar que Judas decepcionou-se e muito com aquele que
outrora incendiara sua vida de esperança.
Ele
perdeu a visão do céu e vendeu o rei da glória como um simples escravo ( 30
moedas)...Jesus havia perdido o seu valor para Iscariotes. É triste quando as
pessoas desvalorizam o Senhor por não esperarem suas promessas e por se
precipitarem em suas ações carnais. Deixa o Deus do tempo agir na hora certa!
O
beijo de Judas foi como uma faca afiada, não na carne de Jesus, mas em seu
sentimento, que já estava bem abalado pela angústia da morte. Estes fatos vão
ocorrendo quase que simultaneamente, imagina administrar todo este caos, saber
lidar com tantas perdas e frustrações ao mesmo tempo.
Dizem
que é pior morrer aos poucos que morrer de uma só vez. Não houve um
"tiro" de misericórdia com Cristo. Ele foi sentindo o gosto do
sofrimento, da solidão, da angustia, da traição, da humilhação, do desprezo, da
indiferença aos pouquinhos. Foram matando o Mestre de forma lenta e gradual, ao
ponto de percebermos sete goles de um cálice de dor.
Pedro
também o traiu,. Pedro não negou Jesus diante de chefes religiosos e nem políticos,
mas negou-o diante de uma vendedora de púrpura e de homens simples. Pedro o
negara por três vezes. Lucas diz que na hora em que o pescador o negara, Jesus
fitou nele seu olhar, como se dissesse: Não temas, eu te perdoou e mesmo assim
te amo...
Depois de tantos goles vemos um Cristo forte,
que até mesmo na cruz rejeitara beber vinagre com fel, que servia de anestésico
naqueles dias. Cristo foi o Senhor forte nas batalhas. Agüentou até o fim, já
havia bebido seis goles, não desistiria no sétimo! Jesus quis sentir cada
momento de dor, pois o que fez foi por amor, então valia a pena. Imagino o
Senhor tendo de enfrentar aquela multidão, que preferiria um assassino
truculento ao meigo Rabi da Judéia que ensinara sobre o amor e o perdão,
ensinara sobre servir a Deus e adorá-lo e amá-lo como Pai.
Barrabás
deixara seu legado de injustiça. Cristo deixara seu testemunho de vida santa. Mesmo
assim escolheram o engano e desprezaram a verdade. Geralmente isso sempre
ocorre nas eleições humanas. Jesus morreria por um povo que não lhe dava honra,
não o respeitava e que queria sua morte. Por fim ali na cruz a vergonha e a
humilhação. Cristo fora condenado como um criminoso, pois ao seu lado estavam
ladrões, salteadores. O pior é que puseram-no no meio de dois, é como se Cristo
fosse o pior de todos, o líder dos criminosos e rebeldes de sua época.
Em
os sete goles de um cálice de dor percebemos que o sacrifício de Cristo vai
além da compreensão humana. Sua dor, seu sentimento e sua coragem foram
eternizadas . Quero terminar com o último gole:
E, quando
Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou
o espírito. (João 19.30)
Ao
ver que já estava para morrer, Cristo bebe o vinagre, o que antes não fez, para
sentir toda nossa culpa. Em ato profético ele demonstra que bebeu todo o cálice
que Deus havia preparado. Cálice na bíblia nos revela muitas vezes a ira de
Deus, ou seja, a ira que estava preparada para nós bebermos, Cristo bebeu por
nós em sete goles terríveis para nos proporcionar a salvação. Com Gosto de
vinagre nos lábios ele diz: Está feito, está consumado. Bebi todo o cálice de
Deus para salvar os pecadores. Aquilo que eu tinha pra fazer eu fiz, cumpri minha missão. Ele bebeu o
cálice da ira divina para que pudéssemos beber do cálice da Salvação, como
disse o salmista:
Que darei
eu ao SENHOR, por todos os benefícios que me tem feito? Tomarei o cálice da
salvação, e invocarei o nome do SENHOR. (Salmos 116:12-13)
Cordiais Saudações!
ResponderExcluirAmei está mensagem sete goles de um cales de dor que Deus continue te usando para postar estas mensagens que tem conteúdo obrigado por fazer parte do meu blog Jesus te Ama.
Muito edificante e com unção e sabedoria de Deus, que o Senhor te abençoe muito e confirme as obras que tem para fazer através do seu trabalho; que a potente mão do Senhor te exalte, te proteja e te de vitória, prosperidade, humildade, que o espírito santo de Deus te encaminhe para novos horizontes e te ajude nas dificuldades diárias que rodo cristão enfrente, que ao entrares sejas abençoado, que ao pisares sejas abençoado, quando saires sejas bem aventurado, quando chegares seja dito; bendito aquele que vem em nome do senhor.
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